O mantra do quinto The Last of Us foi resistir e sobreviver, mas não há como escapar do caos. Neste episódio, vimos isso acontecer de uma forma petrificante. Mesmo com Kathleen (Melanie Lynskey) atrás de Joel (Pedro Pascal), Ellie (Bella Ramsey), Henry (Lamar Johnson) e Sam (Kivonn Woodard) uma ameaça maior se aproximava. Especificamente, foi um enxame de infectados que se libertou do solo e consumiu tudo em seu caminho, é uma cena que marca o verdadeiro ponto alto de uma série que já superou as expectativas.
A cena mostra Joel derrubando um atirador que ameaçava não apenas Ellie, mas seus novos amigos Henry e Sam que estão fugindo de Kansas City. Pouco tempo depois da chegada de Kathleen com seu grupo, ouvimos um estrondo em um prédio vazio. O silêncio toma enquanto todos voltam sua atenção para o que quer que esteja fazendo aquele som ameaçador. Embora a maioria esteja armada, não é o suficiente para parar o ataque. O próprio som transmite esse terror, pois cada pessoa que é derrubada é marcada por sua ausência.
Imagem: Reprodução / HBO
Além da ótima edição de som, a forma como tudo é encaixado não nos dá nem um momento de descanso do banho de sangue. Isso é inicialmente capturado com uma tomada ininterrupta dos infectados saindo do buraco como se fossem uma inundação que levará tudo e todos embora. Os efeitos especiais dos infectados são impressionantes, mas também é a forma como a cena é construída que faz tudo funcionar. Há uma coerência, pois ela se concentra em todos os personagens principais de uma maneira que apenas aumenta o caos.
Enquanto tudo isso está acontecendo, temos uma cena sombria dentro de um veículo onde Ellie está escondida quando uma criança infectada entra e tenta agarrá-la. Os gritos dos infectados que ecoam na escuridão são abruptamente silenciados para o local, onde Joel, Ellie, Henry e Sam se esconderam, e só então vemos as consequências. A morte de Sam e depois Henry, é um lembrete do que essa cena pretende transmitir. Não importa o quanto você pense ser capaz de sobreviver a esse cenário, nem sempre você consegue sair inteiro.