Noite Passada Em Soho, novo thriller psicológico de Edgar Wright, chega aos cinemas brasileiros em 18 de novembro. O filme conta a história da jovem Eloise (Thomasin McKenzie), que descobre ser capaz de voltar no tempo e se transportar para a década de 1960, mas se depara com as consequências, cada vez mais sombrias, dessa habilidade. Além de McKenzie, Anya Taylor-Joy e Matt Smith também estrelam a produção.
Durante a produção do filme, Edgar Wright revelou que concebeu a ideia original do filme há mais de uma década, e logo rascunhou as linhas da história, mas não se apressou para desenvolvê-la para a telona. “Eu amo Londres e amo os anos 1960, mas com a cidade tenho uma relação de amor-ódio, porque ela pode ser brutal e bela na mesma medida. Está sempre mudando, a gentrificação e a nova arquitetura tem mudado lentamente a paisagem. Com tudo isso em mente, é fácil romantizar décadas anteriores, mesmo aquelas que você não viveu. Talvez seja perdoável pensar que viajar no tempo de volta aos 1960 seria incrível. Mas fica no ar essa dúvida incômoda: seria mesmo?”, indaga Wright.
O cenário para o longa foi especialmente escolhido pelo diretor. Não havia nenhuma hesitação na mente de Edgar Wright: as filmagens seriam no Soho, porque só o Soho pode “interpretar” ele próprio. “Eu sinto que o centro de Londres e o Soho desapareceram das telonas. Você tem uma produção ocasional de grande orçamento com cenas rodadas em Trafalgar Square, mas os filmes que eu cresci assistindo, nos anos 1960 e 1970, como Farsa Diabólica ou O Ato Final – ambos grandes exemplos do bom uso das locações do centro de Londres no cinema, quase não existem mais. Então, a ideia e o desafio de filmar no Soho e no centro ressoou muito em mim”, explica.