007 - Sem Tempo para Morrer, marca o fim de Daniel Craig como o famoso, sempre elegante e charmoso agente secreto James Bond, e neste filme vemos o espião tentando se aposentar depois de uma luta contra a “Spectre”, organização criminosa do último filme da franquia, mas logo percebe que este mal ainda existe e está na ativa, e isso atrapalha sua vida relaxada e amorosa com Madeleine (Léa Seydoux).
Dirigido por Cary Joji Fukunaga, a ideia aqui é ter um filme grandioso e espetacular, para marcar a saída de Daniel Craig e com certeza dar um futuro para franquia ao mesmo tempo, obviamente, o melhor da franquia é mantido, temos explosões, lutas muito bem coreografadas, tiros para todo lado, e invenções mirabolantes de Q (Ben Whishaw) e tudo ao estilo Bond de ser, da forma mais elegante possível.
Imagem: Reprodução/Universal Pictures |
É um filme longo, temos vários “períodos” neste filme, a aposentadoria e o fim dela, o encontro de Bond com a Spectre e final “grandioso” com a apresentação de um novo vilão. E por falar em vilão, a franquia já vem sofrendo com alguns vilões desastrosos, o que não muda tanto aqui, aqui o vilão é Safin (Rami Malek) que apresenta um homem com o desejo de liberar um vírus mortal no mundo, e no 2º ato, tudo isso é um mistério, ninguém conhece ou sabe quem é o vilão, ou quanto poder ele pode ter, e enquanto isso acontece, o mistério criado e a tensão construída ao redor dele, é muito boa, já quando temos a apresentação de fato do vilão e seus planos megalomaníacos, pode cansar um pouco.
Os roteiristas Neal Purvis e Robert Wade, até constroem uma boa história quando envolve o “fim” de James Bond, mas já com o vilão a história é um pouco diferente, o vilão é bom construído quando está nas “sombras” já quando aparece, nem a atuação incrível de Malek, consegue salvar o personagem. Tornando assim o vilão um ponto negativo no filme.
Imagem: Reprodução/Universal Pictures |
E por falar em fim de James Bond, 007 “é apenas um número” como é dito no filme, portanto temos a apresentação de um novo agente, ou melhor, nova agente, que aqui é interpretada por Lashana Lynch, nova 007 do MI6 e que promete aposentar “de vez” Bond, a interação dela com o seu antecessor, é muito bem construída pelo roteiro, com muito sarcasmo, ciúmes e divertida. Temos aquela ansiedade por parte de Lynch de querer “mostrar serviço” para se mostrar apta ao serviço e por outro lado Bond com toda calma e tranquilidade de que sabe que é melhor do que ela, e os dois rendem ótimas cenas juntos.
O filme tem a trilha sonora marcante de nada mais nada menos que Hans Zimmer que já é tão conhecido e marcante na indústria, e aqui não é diferente, mesmo já conhecendo a icônica trilha de 007, o público com certeza se agrada muito com momentos de ação eletrizante e a trilha sonora que acompanha e dá o ritmo de todas as cenas desde as que são “explosivas” como as mais calmas e emocionantes.
Imagem: Reprodução/Universal Pictures |
Definitivamente esse filme tem a essência de 007 e James Bond, para os antigos fãs da franquia, é um filme quase perfeito, sem muita profundidade no vilão, ou com a profundidade errada, mas com todos os “aparatos” de um agente secreto, as sacadas mirabolantes de James Bons deixam isso evidente.
Em resumo, 007 - Sem Tempo para Morrer, marca com grandiosidade a saída de Daniel Craig e se despendido do papel do mais charmoso agende secreto James Bond, e por outro lado apresentando uma nova 007, bem ao contrário do que a franquia vem apresentando há muito tempo, uma mulher negra e definitivamente “empoderada” isso marca para a franquia à chegada de um novo caminho. E cinema é isso, é a arte que se adapta ao tempo em que vive, para os fãs “puristas” pode ser um erro, mas para outros a abertura de uma nova porta e possivelmente o início de uma nova era que pode ser tão marcante quanto foram as outras.
O filme está em cartaz nos cinemas e se você se sente seguro para ir, prefira comprar os seus ingressos pelo site do cinema, e lembre-se de manter o distanciamento seguro, manter suas mãos higienizadas e usar uma boa máscara no rosto o tempo todo.