Resenha | O Clube do Crime das Quintas-Feiras


O livro O Clube do Crime das Quintas-Feiras é aconchegante e às vezes relaxante, contendo uma série de personagens completamente cativantes. seguindo um grupo de aposentados tentando resolver um assassinato que ocorre em seu próprio bairro, uma grande mudança em relação aos casos antigos e esquecidos que eles normalmente veem. 


A maior parte do enredo se passa no luxuoso vilarejo de aposentados Cooper's Chase. O local é lar de um grupo de quatro idosos que se reúnem todas as semanas para discutir casos policiais antigos que foram sem solução, no intuído de trazer justiça às vítimas e encontrar os responsáveis por algumas das atrocidades. O grupo é composto por Elizabeth, uma ex-agente de inteligência que nunca se aposentou realmente, Ron, um líder sindical leal, Ibrahim, um psiquiatra e Joyce que foi recrutada após um dos sócios originais do clube Penny adoecer. 


A história é contada por meio da narrativa de Joyce, a voz da credulidade e da virtude, que relata com entusiasmo as aventuras dos quatro detetives, em busca de solucionar um recente assassinato nas proximidades, dando ao clube um caso recente para investigar. Com Elizabeth puxando todos os cordões, eles se encarregam de rastrear testemunhas importantes e descobrir peças vitais de evidências, muitas vezes por meios muito extravagantes e audaciosos. A investigação revela uma ligação com um dos residentes de Cooper's Chase, e descobrimos que pessoas associadas a ela tem segredos bem guardados. Ao mesmo tempo, há uma pequena disputa pela venda do terreno adjacente, e os envolvidos também ficam sob suspeita.


 


Um assassinato ocorre, mas a princípio quase parece secundário para os residentes de Cooper's Chase e suas divertidas aventuras. O tom claro permanece, no entanto, a atenção se desloca um pouco mais para o mistério à medida que se aproxima do fim. O livro é escrito principalmente terceira pessoa, alternando entre as vidas de vários personagens em um método de contar histórias que faz o autor se sentir um narrador em todos os sentidos. O resto é feito de anotações no diário de Joyce, que são sempre divertidas de ler e realmente revelam sua personalidade. 


O Clube do Crime das Quintas-Feiras há muitos personagens, mas pelo lado bom, muitos deles trazem muito para a história. É impossível não gostar de Ibrahim, que é extremamente científico em sua técnica amadora de resolução de crimes, enquanto eu gostava de seu improvável ato duplo com Ron, que é muito menos sofisticado, mas também tem suas utilidades. A melhor personagem de todas é, sem dúvida, Elizabeth, ela é muito astuta e calculada e sempre está um passo à frente da polícia. Tudo o que ela faz é mais extraordinário do que o anterior, e você fica imaginando o que ela fará a seguir.


Para quem conhece Richard Osman como uma personalidade da televisão, a escrita contém muitas das coisas que você pode esperar. É espirituoso e coloquial, com alguns capítulos em particular que se destacam como muito engraçados, e nunca nem um pouco desagradáveis. Existem, porém, alguns momentos mais instigantes, com passagens eloquentes sobre o tema da vida e da morte. O grande número de personagens significava um mistério cada vez mais complexo, então sempre haveria muito o que resolver no final.


O Clube do Crime das Quintas-Feirasé de fato um grande mistério de assassinato com um elenco único e um estilo narrativo maravilhoso. O livro de Richard Osman já tem uma sequência confirmada e não veja a hora de ler. 

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