Crítica | Space Jam: Um Novo Legado


Como em "Space Jam" (1996) estrelado por Michael Jordan, Space Jam: Um Novo Legado conta a história de um superastro do basquete que foi transportado para um mundo dos desenhos animados onde ele é desafiado para uma partida, desta vez o astro é LeBron James


Para o público que não sabe quem é LeBron James, há uma abertura mostrando alguns dos destaques de sua carreira no basquete. Há também um flashback dele mais novo (interpretado por Stephen Kankole) com sua mãe em Akron 1998, sendo ensinado por seu treinador que se ele quer ter as oportunidades que o basquete pode dar, ele precisa colocar a cabeça no lugar antes de colocar os pés na quadra. 


Imagem: Reprodução/Warner Bros.

Space Jam: Um Novo Legado apresenta a uma nova geração, os Looney Tunes, mas além disso ele precisa satisfazer a nostalgia da geração do filme original de 1996 com Michael Jordan. Posso dizer que inevitavelmente o filme contribuirá para o debate contínuo e interminável sobre quem é o melhor entre Jordan e James. 


Depois de uma abertura calorosa somos levados para os dias atuais, na residência luxuosa de LeBron James, onde vemos seus dois filhos na quadra de basquete. O mais jovem, Dom (Cedric Joe), está lutando para dizer ao pai que não quer jogar basquete e está mais interessado em criar jogos sobre basquete. Ele está quase terminando um que incorpora alguns movimentos dos profissionais com algumas atualizações de jogador, como pontos de estilo e power-ups.  


Imagem: Reprodução/Warner Bros.


LeBron, então, leva seu filho a uma reunião na Warner Bros. onde recebe uma proposta para fazer parte da Warner 3000. James e seu filho são sugados para a Warnerverse, após James recusar a proposta. O lugar é governado pelo Al G Rhythm (Don Cheadle) um algoritmo criado para dar novas ideias. Al dá a Dom a atenção e apoio que ele queria de seu pai. Dom acha que eles falam a mesma linguagem digital. O que ele não sabe é que Al disse a James que ele poderia ter seu filho de volta a menos que consiga vencer o time de Al em uma partida de basquete baseada no jogo de Dom. 


LeBron é forçado a montar um time para jogar contra Al, ele tem uma certa limitação e desvantagem ao ser enviado para o mundo dos Looney Tunes. O primeiro a ser recrutado é Pernalonga que estava vivendo sozinho em uma cidade que já sofreu o terror de Al. LeBron e Pernalonga partem em viagem vasculhando algumas das produções da Warner Bros. em busca de reunir os Looney Tunes para formar um time e vencer a partida. 


Imagem: Reprodução/Warner Bros.

É difícil não comparar o novo Space Jam: Um Novo Legado com o antigo, assim como é impossível não comparar James a Jordan. Enquanto o original contou com a falta de habilidade de Jordan em atuação. Um Novo Legado soube limitar James como ator, deixando ele a maior parte do filme animado. O maior problema em Space Jam: Um Novo Legado é que mostra pouca paixão pelo basquete. Muitos dos melhores momentos do filme original foram assistir Jordan jogar acompanhado de uma trilha sonora marcante. 


Space Jam: Um Novo Legado conta com muitas participações especiais de jogadores superstar, mas eles são tão cobertos de CGI que não se parecem muito com participações especiais (no entanto, há uma participação especial surpresa que rendeu ótimas risadas). O longa também sofre ao incluir meio que um outdoor de suas produções de sucesso. Um exemplo claro é a cena final da partida mais importante do filme, eu não sabia se assistia o jogo ou se ficava procurando personagens na arquibancada. 


Imagem: Reprodução/Warner Bros.

O longa é de fato divertido, tem uma certa ousadia em transformar o vilão em um algoritmo corporativo de criação de conteúdo. O diretor Malcolm Lee consegue equilibrar a ação, a dinâmica familiar e as travessuras dos Looney Tunes muito bem, está é uma melhoria em relação ao filme original, que era basicamente arremessos e enterradas profundas.


O filme estreia nos cinemas dia 15 de julho, e se você se sente seguro para ir, prefira comprar os seus ingressos pelo site do cinema, e lembre-se de manter as mãos higienizadas e a manter a máscara no rosto o tempo todo.



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