Crítica | Gossip Girl - episódio 1



Reboot de Gossip Girl chega à HBO Max, aborda pautas importantes e se perde na proposta central

Quando Gossip Girl lançou sua primeira temporada em 2007, os tempos eram outros. Certamente a elite suja e traiçoeira de Nova Iorque gozava dos bons títulos fúteis que, mesmo depois de 14 anos, são dignos e verdadeiros. O que na época foi um estrondo de série, hoje chega às telas da HBO com uma releitura diferente e com propostas que se olharmos bem podem até serem consideradas relevantes no contexto atual. Estranho falar de relevância e Gossip Girl na mesma frase, certo?


Quando Serena van der Woodsen (Blake Lively) chega à cidade depois de conflitos que resolveu deixar no passado, iniciamos nossa trajetória em Gossip Girl e entendemos o ponto principal da trama: não há nada de importante naqueles 50 minutos de episódio. Gossip Girl é sobre futilidade e sua proposta principal é colocar moda e dinheiro acima do bem e do mal. O que na época colocou o conflito de Serena versus Blair (Leighton Meester), hoje há uma renovação de papéis, quem ocupa esse lugar de tensão são, na verdade, duas meia-irmãs. 


Imagem: Reprodução/HBO Max


No reboot tão esperado da série, temos uma diva principal caracterizada por Julien Calloway (Jordan Alexander) e é a vida dela que temos como ponto central. Após perder sua mãe ainda jovem, a menina vê na irmã, Zoya Lott (Whitney Peak), uma chance de se aproximar de seu passado, mal sabe ela que a derrocada de meninas malvadas é a busca por afetos verdadeiros. Ainda no início vemos que essa relação está fadada ao fracasso, e é aqui que entendemos qual será o principal conflito da nova versão de Gossip Girl. 


Você que é fã da série original deve estar se perguntando: “quem ocupa o papel de Gossip Girl?” Isso, com certeza, é algo bem distinto da série que deu origem, afinal aqui temos a presença escancarada de professores vingativos que decidem criar esse perfil para denunciar esses jovens. Outro ponto interessante disso é ver que há uma certa conscientização sobre esse ponto na série, os professores gritam que ganham mal e não são valorizados, e os alunos abrem para o mundo o quão forte é o desejo deles de tornar a vida do corpo docente uma guerra - a qual sabemos quem será o vencedor. 


Imagem: Reprodução/HBO Max

No primeiro episódio o espectador já vai encontrar a motivação central do reboot e a relação que existe entre a série original. Talvez a presença de pautas importantes faça com que Gossip Girl perca um pouco de sua característica principal: a futilidade. A cena de Serena jogando seu telefone no lixo ao ver a foto de seu ex - sim, ela poderia somente ter apagado - é o que talvez tenha faltado nesse retorno. Como espectadores conscientes, queremos ver pautas importantes e relevantes socialmente, mas como fãs de Gossip Girl raiz queremos ver bolsas da Prada sendo elevadas ao patamar de artigo essencial para sobrevivência. 


Gossip girl - the bad witch será divido em dois momentos: os seis primeiros episódios estrearão nas próximas semanas. Os quatro últimos serão disponibilizados entre setembro e novembro deste ano. O primeiro episódio, ainda sofrendo bastante com as críticas, deixa muitas fitas soltas e, mesmo com propostas diferentes, traz uma trama que vale a pena pagar para ver. 


Imagem: Reprodução/HBO Max

Por fim, finalizamos o primeiro episódio com a abertura oficial do conflito entre as irmãs, com Zoya Lott não só aceitando sua essência e individualidade, como determinando que está disposta a entrar na guerra. Já Julien demonstra sua revolta escancarada e seu novo alvo principal. Quem será que sairá ganhando nessa batalha?


No Herdeiro Nerd faremos críticas de cada episódio, então, se você está acompanhando na HBO Max, fique por dentro das nossas análises! 






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