Crítica | 1ª temporada de Lupin


A primeira parte da série "Lupin" está disponível na Netflix, sendo um ótimo drama de mistério francês que acompanha um ladrão moderno, inteligente e um mestre do disfarce que está sempre um passo à frente conhecido como Arsène Lupin. A trama da série é toda construída em formas de camadas sendo muito envolvente. 


Lupin - Foto: Divulgação


Na série Arsène Lupin está vivendo uma vida difícil desde a prisão de seu pai acusado injustamente de roubar um colar de valor inestimável do Sr. Pelligrini (Hervé Pierre), que posteriormente causou a morte de seu pai, Assane sabe quantas vezes os imigrantes negros são esquecidos. Ele usa os pontos cegos raciais dos brancos como cobertura para realizar seus roubos descarados. E encontra inspiração para seus assaltos nos mistérios do ladrão cavalheiro fictício escrito pelo romancista francês Maurice Leblanc, Arsène Lupin. 


Lupin - Foto: Divulgação

Assane trama um plano para roubar o colar de Maria Antonieta em um leilão no Louvre, e para ajudar seu esquema ele convida um grupo de agiotas a quem deve muito dinheiro como forma de cancelar sua dívida, o plano parece realmente quase infalível. O colar é da família do Sr. Pelligrini e deixa claro por meio de flashbacks o relacionamento de Assane com a filha do Sr. Pelligrini, Juliette (Clotilde Hesme) e sua mãe Anne (Nicole Garcia). 

Lupin - Foto: Divulgação

Além de ser um ladrão mega inteligente a vida dele parece ser uma zona, ele está atrasado no pagamento da pensão alimentícia para sua ex-esposa Claire (Ludivine Sagnier), e está perdendo as visitas de seu filho adolescente Raoul (Etan Simon).  


Lupin - Foto: Divulgação

Durante os outros episódios um trio de detetives trabalha para solucionar o roubo do Louvre, e um dos policiais parece mesmo estar no caminho certo para resolver o caso, mas por ser um Nerd ele acaba sendo ignorado pelos outros detetives, todos esses personagens são sombras em um beco manchado por luzes brancas da rua. A fotografia de Christophe Nuyens e Martial Schmeltz, que usa reflexos de lente e sombras em primeiro plano para obscurecer a identidade de Assane, promovendo a qualidade enigmática da série. 


Lupin - Foto: Divulgação

Dentro do personagem Assane, Kay e Uzan acumulam referências a outros grandes detetives, como Sherlock Holmes e Luther apresenta um estilo de luta violento de Assane, junto com sua estrutura, a dependência de disfarces e a descarga de adrenalina de enganar vítimas inocentes, essas narrativas de detetive são frequentemente realizadas por protagonistas cínicos, mas a atuação de Omar Sy evita tais características com um toque sincero e suave. O Assane de Sy é tão adorável, mesmo quando ele está claramente errado. 


Lupin - Foto: Divulgação

O roteiro da série é realmente incrível e imersivo, os personagens são representados da melhor forma possível, Assane é como um encantador de serpentes que trás uma atuação convincente, disfarces, raciocínio rápido e sua raça como ator, ele realmente nasceu para ser Arsène Lupin, muitas vezes ele foi questionado por policiais brancos, e ele insinua o racismo de seus acusadores a seu favor.  


Lupin - Foto: Divulgação

A série é perfeita para você que gosta de maratonar, pois é muito difícil tirar quaisquer conclusões finais até os últimos minutos, sendo totalmente viciante, algumas cenas as atuações deixa qualquer um boquiaberto. A segunda parte de “Lupin” será composta por cinco episódios e já está sendo produzida.


Nota ⭐⭐⭐⭐ 4.5/5





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