Conversamos com "Pedro Antonio" diretor do filme "Um Tio Quase Perfeito 2' e durante a conversa podemos conhecer um pouco sobre o início da sua carreira e como foi produzir a sequência do longa. O filme foi lançado em janeiro, mas devido a pandemia, o filme ficou um curto período em cartaz.
Sinopse: Tio Tony (Marcus Majella) reina soberano no coração dos sobrinhos, Patricia (Julia Svacinna), Valentina (Sofia Barros) e João (João Barreto). Ele parece ter se regenerado da vida de trambiqueiro e vive em perfeita harmonia com a família até a chegada de Beto (Danton Mello), que rouba o coração da irmã, Ângela (Letícia Isnard), e, de quebra, encanta os pequenos. Com ciúmes desse intruso e inconformado, Tony entra numa disputa com Beto e vai armar planos mirabolantes envolvendo os sobrinhos para tentar provar que o futuro cunhado não vale nada.
O filme é uma comédia nacional e já está disponível para aluguel nas plataformas digitais, o filme é ideal para ser visto com a família, trazendo ótimas cenas divertidas e com uma história incrível, leia a entrevista com o diretor Pedro Antonio abaixo.
Herdeiro Nerd - O filme 'Um Tio Quase Perfeito 2', representa muitas famílias brasileiras, com seus altos e baixos, eu mesmo quando assisti o filme encontrei algumas semelhanças com a minha. Você como diretor acha que por esse motivo as pessoas se sentem mais atraídas em conhecer a história do filme?
Pedro Antonio - Acho que o conceito de família é comum a todos, o que muda são as configurações familiares. Especificamente no filme temos duas pessoas (Beto e Angela) que unem suas distintas famílias. Isso é bem comum atualmente já que muitas pessoas se casam mais de uma vez. Ao mesmo tempo os sentimentos do Tio Tony se espelham com as pessoas, afinal, quem aqui nunca sentiu ciúme? Sem falar que os altos e baixos familiares são uma fonte inesgotável de possibilidades pra tramas e narrativas. Acho que nesse sentido as pessoas podem se interessar sim pelo filme.
Herdeiro Nerd - A sequência do longa chegou em um momento difícil ao cinema, por causa da pandemia do novo coronavírus. Quero saber qual é a sua expectativa para o lançamento do filme nas plataformas digitais?
Pedro Antonio - A nova ordem das coisas trouxe perspectivas novas e que ainda não sabemos qual é o impacto. Eu sempre gostei de estudar bilheterias de filmes, o comportamento do público é algo que me fascina. Mas tudo mudou mesmo, então fica bem difícil avaliar ou criar expectativas. Não estou fugindo dapergunta não rsrsrs Mas é que não sei mesmo... Agora, eu queria muito que fosse visto pelo maior numero possível de pessoas :)
Herdeiro Nerd - Sabemos que o ator Marcus Majella é um ótimo comediante, eu quero saber se em algum momento ele deixou de seguir o roteiro, e foi para o improviso?
Pedro Antonio - A gente trabalhou muito o texto, porque o Marcus adora esse estudo, adora chegar com o domínio de cena. E quando esse domínio aparece tem sim momentos de improviso que acabam sendo absorvidos... Mas de forma geral ele é muito fiel ao texto.
Herdeiro Nerd - Em ambos os filmes, a comédia é o ponto forte e o público brasileiro se sente representando em comédias deste tipo, quero saber se você já pensou na possibilidade em fazer um terceiro filme, ou se você já tem um outro projeto em andamento?
Pedro Antonio - De fato a comédia é um gênero que nós apreciamos muito no Brasil, e acho que se deve aos diversos talentos que temos ao longo dos anos e atualmente. O universo do Tio Tony e o amadurecimento dos personagens abriram muitas possibilidades e caminhos para novas tramas. Ideias pra um terceiro filme existem sim. No momento estou envolvido em um novo projeto sim, uma adaptação literária.5 -Essa pergunta você deve receber sempre, mas eu queria saber como foi o início da sua carreira, e o que te inspira até hoje em ser diretor de cinema?
Herdeiro Nerd - Essa pergunta você deve receber sempre, mas eu queria saber como foi o início da sua carreira, e o que te inspira até hoje em ser diretor de cinema?
Pedro Antonio - Eu fiz Artes Cênicas pela Uni-Rio, e Comunicação pela PUC. Sempre admirei o ator em cena no teatro. Comecei a trabalhar cedo em audiovisual como estagiário e aos poucos fui evoluindo. Um dos meus primeiros trabalhos a frente da direção foi um pilotodo que viria a ser uma série chamada “Os Buchas”com o Gregório Duvivier. Difícil dizer uma única coisa que me inspire. Eu gosto de contar histórias, e gosto quando o público se relaciona ou se identifica com elas. Cinema é um vicio. Entendo o cineasta português já falecido Manoel de Oliveira que filmou até os 105 anos. Não há nada mais inspirador do que viver e estar um set de filmagem.