Resenha | Tudo o que Nunca Contei


Na manhã de um dia de primavera de 1977, Lydia Lee não aparece para tomar café. Mais tarde, seu corpo é encontrado em um lago de uma cidade de Ohio a que ela e sua família sino-americana nunca se adaptaram muito bem.


A história começa com o leitor descobrindo sobre a morte da  "Lydia". Em seguida começa a investigação na vida da família Lee, quando eles ficam sabendo de seu desaparecimento, eventualmente, têm que lidar com a perda de Lydia. A linha do tempo do romance salta do passado para o presente, tecendo uma história entre personagens.


O livro foca nos membros de uma família americana na década de 1970, os personagens são tão ricos e bem desenhados que fica fácil de ler, e destaca muito bem os detalhes dessas pessoas, de seus relacionamentos, de sua complexa teia de emoções contraditórias. Incorpora sexismo, racismo e miscigenação, sem se tornar uma história sobre nenhum deles. 


A maneira como Marilyn e James satisfazem uma necessidade um do outro que vai além do amor - é também um sentimento de pertencimento e compreensão que eles não encontram em outro lugar.  As camadas de amor, ciúme e ressentimento silencioso entre as pessoas.  



Tudo O Que Nunca Contei não é um drama policial, tem a sua dose de drama, romance e explora problemas sociais que geralmente passam imperceptíveis em nosso dia a dia, mas vão formando uma massa de mágoa e rejeição naqueles que são diretamente atingidos, vale super a leitura e fiquei impressionado em como os personagens parecem reais.


Sobre o Autor


Celeste Ng cresceu em Pittsburgh, Pensilvânia, e Shaker Heights, Ohio, nos Estados Unidos, em uma família de cientistas. Formou-se em Harvard, com MFA em escrita criativa pela Universidade de Michigan, onde ganhou o Hopwood Award. Mora em Cambridge, Massachusetts, com o marido e o filho.


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