Série digital retrata com fidelidade os dramas de quem combate a criminalidade


Quanto custa ao ser humano que veste uma farda combater a crueldade do crime? Essa pergunta deu origem à nova série policial do diretor mineiro Guto Aeraphe e Humberto de C. Rezende, que vai retratar em 6 episódios os dramas vividos pelos policiais militares de Minas Gerais. "Quando vemos uma viatura saindo em disparada pelas ruas com as sirenes ligadas, não lembramos que dentro dela há pessoas que estão arriscando suas vidas para ajudar desconhecidos e que podem não voltar para as famílias que deixaram em casa. " - Afirma o diretor.

Guto Aeraphe tem experiência no tema militar. Em 2011 ele lançou a série digital Heróis, sobre a participação do Brasil durante a Segunda Guerra Mundial. Mais tarde, em 2015, foi a vez de Cidade do Sol, onde retrata a participação do Exército Brasileiro no processo de pacificação do Haiti. "Sempre me interessei pelo tema de guerra, porque é em extremos assim que conhecemos o verdadeiro ser humano, seja para o bem ou para o mal. São as histórias dessas pessoas que tenho interesse em contar. " - Conclui o diretor.


Em Segunda Pele, Guto Aeraphe retorna a parceria com o Produtor Executivo Humberto Rezende, que atuou junto ao diretor em Heróis. "Trabalhar novamente com o Guto Aeraphe em um projeto que a gente acredita com nossas convicções parece que é cumprir missão. Não uma missão militar, mas uma missão de contar boas histórias e tocar o coração das pessoas com aquilo que vale a pena, ao mesmo tempo, entregar um entretenimento ao espectador." - Afirma Humberto.

No audiovisual há 15 anos, Rezende é professor universitário e Mestre em Estudos Culturais com foco em Roteiro de Séries. Trabalhou com licenciamentos de produtos e com projetos de programas junto com Coronel Leite na Discovery Channel.

De acordo com os realizadores, a intenção é mostrar com a maior realidade possível a vida destes policiais, por isso o roteiro foi escrito junto com o Capitão Cristiano Araújo, do setor de comunicação da PMMG, e baseado em histórias reais vividas pelos policiais militares de Minas. Toda a trama se passa em torno da vida do Sargento Gael e de sua esposa Meire, também sargento da polícia militar mineira. Em meio às ocorrências policiais, eles precisam lidar com temas delicados como as ameaças que os militares e os familiares recebem de criminosos, o estresse causado após ocorrências onde há risco de vida e questões de maternidade e paternidade em meio ao cotidiano cheio de riscos ao combater a crueldade do crime. Segunda Pele é a trajetória de amadurecimento, autoconhecimento e sobrevivência de personagens que, na vida real, passam desapercebidos debaixo das fardas e das ocorrências para manter a segurança da sociedade.

A Série, que conta como patrocínio do Sicoob, além do apoio institucional da Polícia Militar de Minas Gerais, está em fase final do processo de roteirização e já inicia os trabalhos de pré-produção. Todas as cenas deverão serão gravadas em Belo Horizonte e nas cidades da região metropolitana da capital mineira. "Tomando todos os cuidados que o atual momento nos impõe. " - Conclui Aeraphe.

O Produtor Humberto Rezende conta como foi o processo de criação do roteiro, feito em reuniões virtuais por causa das restrições impostas pela pandemia. "A nossa sala de roteiro para a série Segunda Pele foi capaz de economizar muitos meses de trabalho. O Guto tem uma metodologia, que é o Script Design, em que amadurecemos os pilares da história, sobre o que tem que ter na série: valores humanos, questões morais, dores, temas e afins. Com isso em mãos, aplicamos a metodologia que trabalho no meu curso de roteiro e negócios audiovisuais online, o Scriptoria, onde intercalamos um processo de escrita intuitiva e a técnica de roteirização para encontrarmos a melhor história que surja dos personagens, dentro dos parâmetros que levantamos inicialmente. Fizemos em 2 meses de sala de roteiro o que levaria uns 8 meses com as metodologias aplicadas no mercado. Economizamos tempo, dinheiro e chegamos em um resultado em que a história é forte, ímpar e que deve tocar o nosso espectador."

Sobre as gravações, o diretor afirma que espera começar os trabalhos no final do ano, mas que aguarda a consolidação dos protocolos de produção pelos órgãos competentes para que tudo possa ser feito da forma mais segura possível. Enquanto isso, toda pré-produção será feita a distância.

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