Resenha | Malorie


Doze anos se passaram desde que Malorie e os filhos atravessaram o rio com vendas no rosto, mas tapar os olhos ainda é uma regra que não podem deixar de seguir. Eles sabem que apenas um vislumbre das criaturas pode levar pessoas comuns a uma violência indescritível.

Tudo o que Malorie pode fazer é sobreviver... e transmitir aos filhos sua determinação. Não se descuidem, diz a eles. Fiquem vendados. E NÃO ABRAM OS OLHOS.

O livro começa na Escola Jane Tucker para Cegos, dois anos depois que ela e os filhos Tom e Olympia chegaram lá de barco. Enquanto as coisas estavam pacíficas por um tempo, mas um surto violento causado pelas criaturas faz com que a família fuja. 

Tom e Olympia agora têm 16 anos e vivem a vida pelas regras de Malorie, as crianças não falam com ninguém, não vão a lugar nenhum, até que eles tomam conhecimento de uma notícia que parecia impossível, Malorie se permite ter esperança pela primeira vez desde o início do surto, onde alguém que ela gostava muito, e acreditava estar morto, pode estar vivo.

Tom e Olympia cresceram em em um mundo onde existem criaturas e se adaptaram, já Malorie, sofreu a perda de amigos e familiares, viu muitas pessoas morrerem horrivelmente e está lutando pela sobrevivência desde o inicio.

Olympia é uma menina de 16 anos fascinada pela leitura desde pequena, e tenta entender como era mundo, já Tom é um jovem teimoso e adora criar invenções para ajudar a viver em mundo cheio de monstros, mas Malorie não permite e acaba destruindo todas as invenções do garoto antes de testar.

Malorie é mais forte quando outros personagens entram em cena. A relutância de Malorie em confiar pode tê-los feito chegar tão longe.

A escrita de Josh Malerman é incrível e contribui para uma leitura rápida e imersiva, mesmo com flashbacks, é uma narrativa mais linear que Bird Box, e é essencialmente a história de uma jornada em mundo novo e perigoso.

O ato final aumenta a tensão com referências a alguns rostos familiares e novas idéias de expansão mundial trazidas à tona, tornando o trecho final nada menos do que completamente emocionante, mas confesso que achei um pouco rápido e decepcionante.
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