Nos dias 9 a 19 de dezembro acontece a 21ª edição do Festival do Rio, que conta com uma seleção de aproximadamente 100 filmes estrangeiros, entre eles os independentes Retrato de uma jovem em chamas (Céline Sciamma), O chão sob meus pés (Marie Kreutzer), Uma Mulher Alta (Kantemir Balagov) e Aqueles que Ficaram (Barnabás Tóth), da distribuidora brasileira Supo Mungam Films.
Na categoria Panorama, destaque para o vencedor do Melhor Roteiro e da Palma Queer no Festival Cannes, RETRATO DE UMA JOVEM EM CHAMAS, da diretora Céline Sciamma, um dos filmes mais comentados do ano. A história se passa na França em 1760 e conta o drama de duas mulheres - uma pintora e uma noiva - que conforme a proximidade para a criação de um retrato cresce, a intimidade e a atração também ficam mais evidentes. O filme ganhou recentemente o Prêmio do Público no Festival MixBrasil e está indicado ao prêmio de Melhor Filme Internacional no Spirit Awards, o "Oscar do Cinema Independente", ao Goya, "Oscar Espanhol", de Melhor Filme Europeu e também no EFA, Prêmio do Cinema Europeu, nas categorias de Melhor Direção (Céline Sciamma), Melhor Atriz (Noémie Merlant e Adèle Haenel) e Melhor Roteiro.
Na mesma listagem está o thriller psicológico austríaco O CHÃO SOB MEUS PÉS, de Marie Kreutzer, que traz a história de uma bem-sucedida consultora de negócios que mantém um relacionamento secreto com a chefe, tão misterioso quanto a existência da irmã mais velha, que apresenta uma doença mental. A estabilidade da protagonista logo desaba ao se deparar com uma situação que a faz encarar questões de seu passado. O longa-metragem disputou o Urso de Ouro do Festival de Berlim.
Já UMA MULHER ALTA, de Kantemir Balagov, representante da Rússia no Oscar 2020, se passa na cidade de Leningrado, em 1945, e conta a história de Iya (Viktoria Miroshnichenko) e Masha (Vasilisa Perelygina), duas jovens mulheres que buscam esperança e significado em meio aos destroços físicos e psicológicos deixados na Rússia após o fim da Segunda Guerra Mundial. Melhor Direção e Prêmio da Crítica no Un Certain Regard do Festival de Cannes. O filme está na categoria Expectativas 2019, junto com AQUELES QUE FICARAM, de Barnabás Tóth, exibido no Festival de Telluride e Chicago, e representante da Hungria no Oscar 2020. O filme conta a história da conexão entre dois sobreviventes do Holocausto e revela o processo de cura através dos olhos de uma jovem na Hungria após a Segunda Guerra Mundial.