A 9ª edição do Festival Assim Vivemos – Festival Internacional de Filmes sobre Deficiência - anuncia o filme brasileiro “Posso” como o grande vencedor da categoria "Juri Popular" nas três cidades participantes do evento. Dirigido por Adama Quedraogo, o longa é de 2019, tem 59 minutos de duração e retrata a história de Waldenildo Alves, um homem surdo profundo desde o nascimento que consegue realizar o desejo de ser violonista.
Realizado nas sedes do Centro Cultural do Banco do Brasil no Rio de Janeiro, em Brasília e em São Paulo, o festival foi acompanhado por, aproximadamente, 4 mil pessoas, exibiu 38 produções de 20 países e promoveu importantes encontros. Além dos curtas, médias e longas-metragens, a programação – totalmente gratuita - incluiu os debates “Família e Estímulo”, “Inclusão pela Arte”, “Autismo” e “Moradia Assistida”, e duas oficinas em cada uma das três cidades por onde passou.
“O Festival Assim Vivemos, finalizou a sua 9ª edição e mais uma vez cumpriu seu objetivo de exibir um recorte com o melhor da produção mundial audiovisual sobre os temas relativos às pessoas com deficiências, ou seja, relativos a todos nós. Filmes brasileiros como “Meu Nome é Daniel”, “Posso” e “Mona” foram destaques e receberam muitos elogios, o que é um orgulho e uma grande alegria para o festival. Esta edição inovou trazendo as oficinas e performances realizadas por artistas com deficiência ou profissionais ligados a grupos ou cias inclusivos, que contaram com uma grande adesão do público. Os artistas protagonizaram momentos preciosos e propuseram vivências profundas e transformadoras para os participantes. Tivemos ainda os tradicionais debates, que contaram maioritariamente com pessoas com deficiências falando de si, das suas história e trajetórias. O festival segue se consolidando como uma festa da diversidade e um espaço de produção de reflexão e transformação. Estou muito satisfeita!", ressalta a diretora do Assim Vivemos, Graciela Pozzobon.
Além do “Júri Popular”, a organização do “Assim Vivemos” também anuncia a lista de filmes premiados durante na última edição – as produções vencedoras foram escolhidas por uma comissão julgadora formada por pessoas com deficiências atuantes em suas áreas e uma roteirista. Felipe Monteiro, Regina Cohen e Cristina Gomes escolheram cinco destaques e indicaram duas Menções Especiais do Júri. Como já é tradicional, o júri escolhe os premiados e dá nomes específicos a cada prêmio. As produções “A Jornada”, de Fanny Bräuning, “Vidas Inteligentes”, de Dan Habib; “Rei Shimon”, de Ariel Mayrose; “Peixes de Água Doce (em Água Salgada)”, de Marc Serena & Biel Mauri e “Lágrimas Vermelhas” de Tharindu Ramanayaka foram selecionadas como as melhores produções, respectivamente, nas categorias: ‘Relacionamento’, ‘Transformação’, ‘Experiência’, ‘Representatividade’ e ‘Retrato’. O filme brasileiro, pré indicado ao Oscar, Meu Nome é Daniel e o filme alemão Menina de Areia receberam Menções Especiais do Júri por trazerem importantes reflexões na forma e no conteúdo. Os realizadores de cada filme premiado receberão o Troféu Assim Vivemos; uma escultura da artista plástica carioca cega, Virgínia Vendramini.
O "Assim Vivemos" é o primeiro festival de cinema no Brasil a oferecer acessibilidade para pessoas com deficiência visual (audiodescrição em todas as sessões e catálogos em Braille) e para pessoas com deficiência auditiva (legendas inclusivas nos filmes e interpretação em LIBRAS nos debates). As sedes dos CCBBs são acessíveis para pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida. A realização do festival é do Centro Cultural do Banco do Brasil, com patrocínio do Banco do Brasil através da lei de incentivo a cultura, com produção da Cinema Falado Produções, sob a direção geral de Graciela Pozzobon.