O Grito, de Marcos Abranches, reestreia com Sandro Borelli atualizando orientação dramatúrgica


Espetáculo coreo-performático inspirado na obra homônima do pintor Edvard Munch (1863-1944), O GRITO, de Marcos Abranches, estreou em 2015. Agora, a montagem ganha uma nova versão e reestreia na Oficina Cultura Oswald de Andrade no próximo dia 27 de junho, quinta-feira, às 20 horas, para uma temporada de três semanas, com apresentações gratuitas. Antes da primeira apresentação, às 19 horas, haverá o lançamento do video art do espetáculo, produzido por Gal Oppido e a abertura oficial para a visitação da instalação cênica criada pelo artista Jeff Celophane. A reestreia faz parte do projeto aprovado pelo 25º Edital de Fomento à Dança na Cidade de São Paulo, que ainda inclui um novo espetáculo do artista, que deve estrear no segundo semestre de 2019.

Jeff Celophane, cenógrafo e parceiro artístico de Abranches, apresenta uma releitura do espaço cênico criado para a montagem anterior, com os adereços e múmias criadas por Osvaldo Gabrieli. A instalação, que poderá ser visitada pelo público, vai compor junto com o Vídeo Art de Gal Oppido e com a apresentação do espetáculo O Grito, uma atmosfera do expressionismo utilizado no cinema alemão dos anos 20, buscando uma representação subjetiva do mundo, revelando as angústias da existência humana através de imagens distorcidas, sombrias e afastadas da realidade, como os pesadelos. Na entrada da instalação fotos de Gal Oppido em grande formato e transparência criam um labirinto que remete a dor, melancolia e solidão.

Gal Oppido, músico, artista visual e fotógrafo ensaísta, parceiro também de longa data de Abranches, registra este trabalho em foto e vídeo, imagens que não necessariamente aparecem no espetáculo, mas que o representam, dando origem ao video art O GRITO. Expandem-se, assim, as fronteiras entre o efetivo e a ficção, o visível e o sugerido, o vivido e o imaginado.O cenário, assim como a instalação e o video art, estarão abertos para visitação fora dos horários de apresentação. 

O espetáculo segue uma linha dramática semelhante aos trabalhos anteriores de Abranches. Apesar da obra ter sido criada em 2015, ela foi revisitada em 2019 com a orientação dramatúrgica de Sandro Borelli propondo um jogo narrativo muito mais complexo e desconcertante sobre os confrontos com a vida real e certos dilemas da sociedade. A trilha sonora criada por Pedro Simples atua como um forte elemento de cena e contribui com o tom dessa narrativa e dá a ambientação exata da cena. A luz, desenhada por Sandro Borelli, busca amalgamar a obra conferindo-lhe uma densidade poética.

Serviço 

Exposição - Instalação cenográfica e vídeo - De 28 de junho até 13 de julho, de segunda a sexta, das 10 às 20 horas e sábados, das 14 às 17 horas. 

Oficina Cultura Oswald de Andrade - rua Três Rios, 363. Capacidade - 40 lugares 
Retirar ingressos 1 hora antes.
Gratuito
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