Ao assistir a GAME OF THRONES, é fácil reparar que os detalhes que ajudam a construir a história são únicos nessa produção da HBO. Além do roteiro cheio de reviravoltas, outros inúmeros fatores são essenciais para criar o mundo dos Sete Reinos - e um dos mais importantes é o figurino.
Entre os inúmeros exemplos, a evolução do guarda-roupa de Daenerys Targaryen merece destaque: no início da trama, era formado por vestidos leves de cores em tons pastéis e detalhes delicados, com ombros e braços à mostra, denotando sua aparente fragilidade. No início da sétima temporada, ela chega à sua terra natal, Pedra do Dragão, pronta para uma guerra: vestida toda de preto e cinza, de colarinho alto e mangas compridas, como um reflexo das vestimentas de seu exército.
Outro figurino que mudou bastante é o de Sansa Stark. Na primeira temporada ela contou para a Cersei que fazia seus próprios vestidos, roupas discretas e de cores neutras que retratavam sua inocência e admiração pelos pais. Com o passar do tempo, por influência da família real, ela adota vestidos mais chamativos, mas que ainda não se alinham exatamente com sua personalidade - refletindo as incertezas vividas por ela. Entre as tragédias e dificuldades que permearam sua história, seu guarda-roupa evoluiu ao lado de sua personalidade. Na quinta temporada, Sansa volta a comentar que é a responsável por suas roupas, desta vez com Myranda. Agora, as cores mais escuras e sóbrias, e peças como vestidos bem amarrados, cintos e capas são associadas à representação do seu distanciamento dos homens e retomada de controle sobre o próprio corpo.
Para uma história tão complexa como GAME OF THRONES, o figurino vai além do que contextualizar uma época: ele conta detalhes e transmite ao espectador emoções, personalidades e conflitos da série em apenas um olhar.