O longa é estrelado pela reconhecida atriz argentina Mercedes Morán. A Pasto (Argentina) assina a produção, em coprodução com Bubbles Project (Brasil), Pandora Film Production (Alemanha) e 4 1/2 Films (Noruega), e produção associada da TvZero. A Esfera Filmes é a distribuidora.
Na história, Marcela (Mercedes Morán) perde sua irmã Rina, ficando completamente abalada. Porém, sua rotina tem que continuar: ajudando seus filhos, fazendo as tarefas de casa e ter a missão de esvaziar o apartamento da irmã. Marcela acaba se apoiando em Nacho (Esteban Bigliardi), um jovem amigo de seus filhos, que lhe oferece apoio para seguir a vida. Conforme o tempo passa, o passado e o presente de Marcela se entrelaçam e ela começa a questionar sua própria natureza.
A diretora Maria Alché explica o porquê de fazer o filme: “Quis contar o que acontece com uma mulher nesse epicentro do luto pela morte de sua irmã, vivendo muitos sentimentos e sensações simultâneos. Algumas das coisas que a atravessam são triviais, outras são metafísicas. Queria transmitir isso deixando uma sensação aberta para que cada espectador fizesse sua própria leitura".
Mercedes e María já tinham trabalhado juntas em “La Santa Ninã”. “Trabalhamos como mãe e filha, quando ela apenas dava seus primeiros passos como atriz. Nesta filmagem, lembrei que quando fiz “La Ciénaga” (“O Pântano”) senti a mesma coisa: que estava diante de um talento muito grande. Adorei poder acompanhar a Maria nesse seu primeiro longa-metragem, vê-la florescer como diretora em um trabalho muito interessante e introspectivo” comenta Mercedes que neste ano irá lançar além de “Família Submersa” o longa “Um Amor Inesperado”, de Juan Vera, estrelado por Ricardo Darín.
Tatiana Leite, produtora brasileira do filme o acompanhou desde a escritura do roteiro, e ressalta ter se impressionado muito com as primeiras imagens que viu, sobretudo com a direção de atores da diretora estreante e com a fotografia de Hélène Louvart. Tatiana, também produtora de “Benzinho”, complementou que mesmo “Família Submersa” e “Benzinho” sendo filmes completamente diferentes, eles têm curiosamente em comum protagonistas mães de família, que estão questionando/ buscando suas individualidades para além da maternidade.
“Família Submersa” participou do 65º Festival Internacional de San Sebastián (Cine en Construcción), 71º Festival de Locarno (Concorso Cineasti del Presente), 66º Festival Internacional de San Sebastián onde levou o prêmio de Melhor Filme na mostra Horizontes Latinos e do 25º Fic Valdivia em que recebeu Menção Especial do Júri na Competição Internacional. O filme ainda conquistou o prêmio Ingmar Bergman de Melhor Primeiro Filme no Festival de Gotemburgo e participou da 42ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e do Festival do Rio 2018, está selecionado para o prestigioso New Directors New Films em Nova York no próximo abril, e de agosto de 2018 para cá, já estve em mais de 20 festivais. O longa também conquistou os prêmios de desenvolvimento do Sorfond 2016 e Visions Sud Est 2015. “Família Submersa” também ganhou o prêmio de Melhor Direção no Festival Internacional de Cine UNAM, no México.
Em uma equipe formada essencialmente por mulheres, a exuberante fotografia do filme é de Hélène Louvart, diretora de fotografia de filmes de Claire Denis, Agnes Varda e Mia Hansen Love e a montagem realizada por Lívia Serpa (“Benzinho”, “Divino Amor” e “Santiago”).