Crítica | Musical Um dia na Broadway


Depois de quase 15 anos encenando clássicos do universo infantil, o diretor e músico Billy Bond volta a montar espetáculos adultos com a estreia de Um Dia na Broadway, a partir do dia 5 de outubro, sábado, às 21 horas, no Teatro Bradesco. Tributo aos grandes musicais americanos, o espetáculo é uma produção viabilizada em parceria com a Opus, empresa do ramo de entretenimento que mantém nove casas de espetáculos no Brasil.


Billy Bond aposta no encantamento dos brasileiros por Nova York. Acredita que o programa preferido dos turistas daqui por lá, além de fazer compras, é visitar os teatros, pontos icônicos da cidade, como a Estátua da Liberdade e o Empire State. Assim, criou seu novo espetáculo na medida para seduzir uma platéia ávida para ver os "melhores espetáculos do mundo". "Somos admiradores de Nova York, viajamos para lá anualmente, duas vezes por ano, no verão e no inverno", conta, falando também em nome da mulher, a produtora-executiva Andrea Oliveira. Um dos investimentos mais curiosos da produção é um carro tingido de amarelo fazendo às vezes de um táxi aos moldes dos que circulam pelas ruas da Grande Maçã, nome pelo qual ficou conhecida a cidade.


O diretor deseja reproduzir no espetáculo o espírito de Nova York. Quer agradar quem conhece e ama a cidade e também os que nunca estiveram por lá. Para levar o público nessa viagem, criou uma ambientação característica. Um painel de 160 metros de tiras de luz de LED irá reproduzir pontos turísticos clássicos da metrópole, como Times Square, Broadway, Estátua da Liberdade, Wall Street, Harlem, Empire State, Metrô e Grand Central Station.


Minucioso e detalhista, Billy pretende que o espectador se reconheça no palco e nas personagens. Assim, até os ruídos característicos da cidade também devem cumprir seu papel de transportar o público nessa trajetória. Em estilo grandioso, a abertura com 20 bailarinos ao som da orquestra ao vivo é um convite para se deixar envolver pelo universo dos musicais o encantamento de New York.


Com direção geral e dramaturgia de Billy Bond e Andrew Mettine, adaptação de Billy Bond e Lilio Alonso, direção musical  e arranjos de Bond e Villa, direção de cena de MarcioYacoff e coreografia de Italo Rodrigues, o espetáculo conta com cenário de Marcelo Larrea, figurino de Paula Canterini
e Feliciano San Roman, e orquestra sob a regência do maestro Rafael Righini. Nos papéis principais estão Alvinho de Padua (Pai), Titzi Oliveira (Mãe), Isabella Casarini (Filha), Henry Gaspar (Filho) e George Michael Cohan (primeiro produtor da Broadway) - MarcioYacoff. 


São 32 pessoas em cena, entre atores, cantores e bailarinos, músicos e técnicos. A história começa com a chegada de uma família de férias em Nova York. Acompanhado pelos filhos, um casal viaja para Nova York a fim de comemorar o aniversário de casamento onde se conheceu e se apaixonou. Logo há um desencontro e as crianças se perdem dos pais no metrô daGrand Central Station.

A partir de então, na tentativa de reencontrá-los, os irmãos se aventuram por lugares onde acreditam que encontrarão o casal.  Sabem que os pais são fanáticos por teatro, portanto na busca, visitam os teatros da Broadway e assistem trechos de musicais clássicos. Na plateia, o público acompanha  saga da família e se delicia com as cenas concebidas por Billy para reproduzir a atmosfera de 10 dos mais famosos musicais de todos os tempos, em imagens, figurinos, cenariose músicas cantadas ao vivo.

No decorrer da trama, uma personagem entra para ajudar a contar a história. Trata-se do próprio George Michael Cohan, artista identificado como um dos primeiros a fazer espetáculos no formato de musical nos Estados unidos.

Um musical onde temos uma super visita ao grande mundo dos musicais, uma montagem bem feita com um cenário magnifico e não posso deixar de dizer a interação entre o publico que ocorre bastante, se tiver a chance de ir vá, garanto que não se decepcionara. 

Nota do Musical | ⭐⭐⭐⭐ 3.5 | 5 



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