A Vitrine Filmes anuncia que “Uma Noite de 12 Anos”, filme baseado na história real de Pepe Mujica, estreia no Brasil dia 27 de setembro. Escrito e dirigido por Alvaro Brechner, diretor hispano-uruguaio, o longa conta a história de superação de três homens que resistiram à prisão durante 12 anos no período da ditadura militar uruguaia.
O longa faz sua estreia mundial no 75º Festival Internacional de Cinema de Veneza no dia 31 de agosto, competindo na seção Horizontes, que acontece de 29 de agosto a 08 de setembro.
"É uma grande honra e uma grande alegria ter sido selecionado para apresentar ‘Uma Noite de 12 Anos’ no Festival Internacional de Cinema de Veneza. É um filme que fala sobre nosso mundo, nossas esperanças e pesadelos, e não consigo imaginar um lugar mais ideal, maravilhoso e mágico que o Festival de Veneza. Depois de tantos anos de trabalho, é quase um sonho que agora será visto por tantas pessoas, no festival mais antigo do mundo. É um fiel testemunho de amor ao cinema que passa por suas telas”, afirma o diretor Alvaro Brechner.
Inspirada na história real de José Mujica, Mauricio Rosencof e Eleuterio Fernández Huidobro, “Uma Noite de 12 Anos” é uma narrativa de superação e resistência, mas, sobretudo, é uma história da luta existencial de três homens que, em suas horas mais sombrias, se agarraram a seus espíritos para manter sua humanidade e esperança. E, após serem libertados, tiveram uma notável trajetória na vida política e cultural do país.
José Mujica, interpretado por Antonio de la Torre, foi eleito deputado e senador em 2010 e, aos 75 anos, tornou-se presidente do Uruguai. Já Maurício Rosencof, romancista, poeta, jornalista e ex-diretor de cultura da Intendência de Montevideo, ganha vida por Chino Darín. E Eleuterio Fernández Huidobro, interpretado por Alfonso Tort, foi eleito senador e, posteriormente, assumiu o cargo de Ministro da Defesa do Uruguai. Ele faleceu em 2016.
“Uma Noite de 12 Anos” é uma produção argentina–espanhola–uruguaia, dirigida por Alvaro Brechner, reconhecido por filmes como “Mau Dia para Pescar” (seu primeiro longa-metragem que competiu na Seção Oficial da Semana da Crítica do Festival de Cannes) e “Sr. Kaplan”.
Protagonizado por Antonio de la Torre (“O Autor”, “Que Deus nos Perdoe”, “Tarde para a Ira”), Chino Darín (“O Anjo”, “As Leis da Termodinâmica”) e Alfonso Tort (“As Ondas”, “Crônica de uma Fuga”, “Mau Dia para Pescar”). O elenco inclui ainda Soledad Villamil (“O Segredo dos Seus Olhos”, “Todos Temos Um Plano”) e Silvia Pérez Cruz (“Cerca de tu casa”).
Produzida por Tornasol Films e Alcaravan Aie (Espanha) em coprodução com Haddock Films-Aleph Media (Argentina), Manny Films (França) e Salado (Uruguai), com a participação de Movistar+, Netflix e ZDF/Arte, e o apoio da ICAA, INCAA, CNC, L´aide Aux Cinemas du Monde, Institut Français, Ibermedia e Eurimages.
Sinopse
Durante a ditadura militar no Uruguai, José Mujica, que viria a se tornar um dos mais admirados presidentes sul-americanos de todos os tempos, (Antonio de la Torre), Mauricio Rosencof (Chino Darin) e Eleuterio Fernández Huidobro (Alfonso Tort) são presos e juntos enfrentaram uma verdadeira jornada de sobrevivência. Confinados e torturados por mais de 12 anos, sobreviveram às condições mais adversas em nome de suas crenças.
Em oito anos, a Vitrine Filmes distribuiu mais de 120 filmes. Entre seus maiores sucessos estão "Aquarius" e "O Som ao Redor", de Kleber Mendonça Filho, "Hoje Eu Quero Voltar Sozinho", de Daniel Ribeiro e o americano "Frances Ha", dirigido por Noah Baumbach, indicado ao Globo de Ouro em 2014.
Em 2017, a Vitrine lançou "O Filme da Minha Vida", terceiro longa de Selton Mello como diretor, e "Divinas Divas", dirigido por Leandra Leal, o documentário mais visto no ano.
Alguns dos mais importantes lançamentos deste ano da Vitrine foram "Paraíso Perdido", de Monique Gardenberg e "O Processo", de Maria Augusta Ramos, que já está entre os 10 documentários mais vistos da história do cinema nacional.